No mês em que se marca 40 anos do assassinato de Margarida Alves, líder sindical que dedicou sua vida à defesa dos direitos humanos para trabalhadores e trabalhadoras rurais, a capital do país foi palco de uma grandiosa mobilização. A Marcha das Margaridas 2023 reuniu mais de 100 mil mulheres em Brasília nos dias 15 e 16 de agosto, em uma mostra robusta de força e união. A Vice-presidente do CEDM-PR, Maria Isabel Corrêa, participou da Marcha das Margaridas, em Brasília

Segundo Maria Isabel Corrêa, as participantes, vindas de todas as regiões deste vasto território brasileiro, engajaram-se em diversas atividades, que vão desde oficinas até painéis temáticos, rodas de conversa, seminários, plenárias e uma significativa sessão solene no Senado Federal. O ponto alto foi, para ela, foi a grande marcha que percorreu o trajeto entre o Parque da Cidade e a Praça dos Três Poderes.

“A marcha não era apenas um ato simbólico. Cerca de 21 dias antes, uma pauta detalhada foi entregue ao Governo Federal. Esta englobava diversos eixos que vão desde a demanda por uma democracia participativa até a universalização do acesso à internet. Em resposta, quase todos os ministérios comprometeram-se a desenvolver ações, políticas e programas para atender a essas reivindicações”, disse Maria Isabel.

Ao final da Marcha, foram assinados oito decretos em resposta às reivindicações do movimento. Entre eles, destaca-se a instituição do Programa Quintais Produtivos, a retomada da Reforma Agrária com foco especial em famílias chefiadas por mulheres e a criação de uma Comissão de Enfrentamento à Violência no Campo.